terça-feira, 2 de junho de 2009

Porque eu gosto de vinho

“E quanto mais bebia, mais eu gostava do que aquilo me fazia pensar.

Digo, gosto de pensar na vida do vinho.
Como é algo vivo.
Gosto de pensar no que se passou quando as uvas cresciam
como o sol brilhava
se choveu.
Gosto de pensar em quem cuidou e colheu as uvas...
e, se for um vinho velho, como essa gente deve estar morta.
Eu gosto do modo como o vinho continua a evoluir.
Se abrir uma garrafa hoje terá um gosto diferente de outro dia em que eu a abrisse.

Porque uma garrafa de vinho está de fato viva e constantemente evoluindo e ganhando complexidade.

Quero dizer, até chegar ao seu auge e então começa seu contínuo e inevitável declínio.

E tem um gosto bom demais!”

[Maya, personagem do filme Sideways]

3 comentários:

João disse...

É bom demais, uma boa garrafa de vinho...
Beijos

Blog do Fer disse...

Um bom vinho não necessariamente precisa ser um bom vinho. O bom vinho é aquele que preenche o momento. Pode ser numa refeição, cada vinho tem sua melhor harmonização e fica impossível prever com qual melhor se adapta. Pode ser a dois. Pode ser numa janta pra falar de amizade, negócios, em que você é o anfitrião, ou vice-versa. Tudo vai depender da atmosfera daquele momento.
Mas, o ideal é saber como é concebido o vinho. Aqui no sul temos várias vinícolas, algumas bem pequenas, em que todo o processo da vindima é acompanhado com extrema dedicação pelo próprio produtor, são suas mãos que colhem, escolhem e processam. Na cave ninguém grita ou fala alto, há um cuidado para que o vinho não seja incomodado. Silêncio absoluto. Depois a energia daqueles que envasam e embalam o produto. O orgulho de ver um produto genuíno não tem preço.

Cristiane disse...

Fernando, estou morrrrrrendo de inveja de você! Imagina, conhecer todo este processo de fabricação do vinho. Um dos meus sonhos era ser enóloga e viver no silêncio das uvas e das caves.